13/07/2011
Música na cabeça ou A Música parou
A MÚSICA PAROU
Se fosse no meu tempo eu diria: a agulha enroscou, se fosse no tempo do meu filho mais velho ele diria: o cd está riscado, agora, dizemos: não está lendo o pendrive.
O rapaz, adolescente ainda com seus 17 anos, músico, não destes que tocam em festas, nem destes que estudam muito. Não ele apenas tem a música na cabeça, constantemente. Todo objeto que pega se transforma em instrumento.
Agora não está mais assim, temos a sensação que a música parou de tocar. Ele está lá jogado no sofá, com o olhar morto, de uma tristeza que parece não ter fim. Claro que ele já levou uns tocos, todo mundo leva e supera rápido porque não tinha amor, era só “ficar”. È chato mas passa logo.
O problema é que desta vez era pra valer, fez tudo direitinho. Estava amando. Por ser o primeiro, não sabia bem como agir com as inseguranças e com os atritos, os ajustes necessários para todo casal. Falava demais, sofria demais com qualquer mudança.
Primeiro “pé” dói, mas dói muito. Dói porque ainda não temos a couraça que vamos adquirindo ao longo dos “pés”. Todos doem, mas com o tempo sabemos que isso passa. É como um luto, primeiro atordoa, depois dá muita raiva, vem o desanimo e a desesperança logo depois. Doe muito! Mas como o primeiro, não tem igual.
Só o tempo vai trazer a música de volta para a cabeça do garoto. Alias, as vezes ate pode- se perceber um movimento dos braços, como se estivesse tocando uma bateria, logo os braços caem ao longo do corpo. Mas a música está voltando. Devagar a musica está voltando
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